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Fauna do Clube: Sagui-de-tufo-preto ou mico-estrela por Mathias Pires

Nome comum: Sagui-de-tufo-preto ou mico-estrela
Nome científico: Callithrix penicillata
Medidas: 20-25 cm de comprimento e peso entre 300-500 g
Alimentação: Alimenta-se principalmente da seiva de árvores. Suplementa a dieta com insetos, frutos, pequenos mamíferos e répteis e até ovos e filhotes de aves.
Distribuição: Originalmente presente na mata Atlântica e matas ciliares das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.
No Clube: Áreas arborizadas por todo o clube
Informações: Ocorrem em pequenos grupos familiares com menos de 15 indivíduos. Há uma hierarquia no grupo determinada pela condição reprodutiva e idade, os casais que estão com filhotes têm preferência na hora de alimentar-se e pelos melhores locais de descanso. Os casais costumam ser monogâmicos e os irmãos e primos ajudam no cuidado dos filhotes. Podem ser facilmente encontrados pelo som agudo que usam para comunicar-se com outros grupos. Quando notam perigo, emitem um som de alerta característico. Utilizam os dentes incisivos para abrir fendas nas cascas das árvores e estimular a saída de seiva da qual se alimentam.
Local do registro: Mata próxima aos campos de futebol

Febre amarela e o papel dos macacos

Com a ressurgência da febre amarela nos últimos meses, têm havido dúvidas sobre o papel de animais silvestres nesse surto. O vírus que provoca a febre amarela é transmitido por três tipos de mosquitos. Nas áreas de mata, mosquitos do gênero Haemagogus e Sabethes são os transmissores. Em área urbana, o principal transmissor é o mosquito Aedes aegypti, porém, não há registros de casos em área urbana há vários anos. A melhor forma de prevenção para a febre amarela é a vacinação, que é altamente eficaz. Os macacos são as maiores vítimas do surto.

Os macacos, principalmente o bugio, são muito sensíveis à febre amarela. Uma vez contraída a doença, o animal geralmente morre em pouco tempo, muitas vezes antes mesmo de transmitir o vírus. Os macacos, portanto, funcionam como alerta para os órgãos de saúde e são aliados na prevenção. Quando um macaco é encontrado morto, os órgãos de saúde, como a Unidade de Vigilância de Zoonoses, devem ser avisados para que os exames sejam feitos e a causa seja investigada. Em caso afirmativo, os órgãos de saúde então devem tomar as providências, como iniciar campanhas de vacinação. A febre amarela foi descartada como causa dos casos recentes de macacos encontrados mortos em Itatiba. Portanto, não há motivo para pânico e a melhor atitude é continuarmos admirando nossos primos, que têm tanto direito de usar o clube quanto os associados.

*Mathias Pires é biólogo com Mestrado e Doutorado em Ecologia e pesquisador associado ao Departamento
de Ecologia da USP, onde realiza suas pesquisas sobre as causas e consequências da perda de biodiversidade.
A fotografia de vida selvagem é um hobby que lhe 
permite estar sempre em contato com a natureza.

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