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Sua história, nossa história – Ed. Abril/Maio – Família Alvarenga

A história da família Alvarenga com o Clube Jundiaiense começou na década de 1960, durante o namoro entre o senhor Guaraci Alvarenga e a dona Miriam do Prado Alvarenga. Ela, moradora de Jundiaí e sócia do Clube, pediu para o então namorado se tornar sócio também. O senhor Guaraci atendeu ao pedido e, desde então, nunca mais deixaram de frequentar o Clube, incluindo nessa lista os filhos Daniel e Thais, a nora Flávia e outros membros da família. Acompanhe essa entrevista que, por conta da pandemia do novo coronavírus, foi realizada por telefone. Confira!

REVISTA CLUBE: Toda família que frequenta o Clube tem uma história, uma trajetória. Como começou a de vocês?
GUARACI: Minha esposa, Miriam, era sócia do Clube, e na década de 1960 eu comecei a ter um namoro com ela. Todos os domingos tinha brincadeira dançante na sede central. A gente namorava, ia ao cinema e depois eu a deixava no Clube para brincadeira dançante. Depois de alguns meses ela reclamou e falou “entra de sócio do Clube pra gente poder também frequentar as brincadeiras dançantes”. Isso foi no final da década de 1960. Aí eu me tornei sócio e comecei a frequentá-lo. Hoje todos os meus filhos, e agora netos e nora, são associados do Clube Jundiaiense.

RC: Como era o Clube naquela época? O que vocês costumavam fazer?
GUARACI: O Clube vivia mais da sede central, a de campo era pouco utilizada e não tinha muitos atrativos para oferecer ao associado. Inclusive a estrada que conduzia para sede de campo era ruim e os ônibus eram poucos na época. Depois de alguns anos eu fui convidado para ser diretor social do Clube. Nessa oportunidade, na década de 1970 e 1980, eu comecei a tentar motivar a sede de campo, porque o grande atrativo era o Baile do Havaí, e eu tive a oportunidade de fazer quatro bailes lá como diretor. Nós criamos o Baile do Havaí do jeito que é feito hoje, com grandes decorações, muitas frutas e espetáculos. Trouxemos muitos artistas.
Lembro que na época, os pais de menores de idade me procuraram para poder trazer os filhos, então abrimos o baile para os jovens também. Quando isso aconteceu, chegamos a ter mais de 8 mil pessoas na festa. Era um espetáculo extraordinário. Depois, com o tempo, veio a decisão judicial de que menor de idade não poderia entrar. O baile se sustenta até hoje por ser um grande evento, uma grande festa.

RC: Quais eram os outros grandes eventos da época?
GUARACI: o clube de campo tinha um evento que chamava Baile de Casais. Eram bailes feitos todo mês para casais. Na oportunidade, quando diretor, tive a missão de reanimar os bailes do Clube, porque se falava muito em balada. Eu creio que fui muito feliz. Também criamos o Baile Italiano, com grandes orquestras, cantores; o Baile do Aniversário, consagrado até hoje; e um réveillon na piscina. 
Uma grande mudança foi a construção da sede social na sede de campo. Aí nós tivemos uma casa de espetáculos que engrandecia o Clube Jundiaiense. Foi sempre a galinha de ovos do Clube. O aluguel de festas era de sexta, sábado e domingo. O Clube quase não tinha data para fazer os eventos. Eu agradeço todas as diretorias que construíram e fizeram o Clube grande. Ele precisa crescer, não pode estagnar.

RC: O que vocês sentem mais falta daquela época?
GUARACI: O Clube cresceu muito. Eu sou um dos veteranos. Muitas vezes a gente vai nas festas e praticamente não conhece as pessoas, mas isso é normal, faz parte do nosso próprio envelhecimento, né? Mas sinto falta dos amigos que já se foram e dos que não frequentam mais o Clube.

MIRIAM: Eu também. Eu frequento a academia, faço aula de zumba, vôlei. Os carnavais da sede central eram marcantes, e esse ano foi maravilhoso porque recordamos daquela época. A diretoria atual renasceu o Carnaval lá da sede central.
Além das festas, eu me lembro de quando comecei a jogar vôlei no Clube, em 1987. Na época, jogávamos na quadra não coberta, mas depois conseguimos horário também no ginásio. Foi aquela comemoração! Inclusive, o grupo ainda está unido, mas hoje jogamos também com nossas filhas.

THAIS: Eu lembro uma época, no ano 2000, elas estavam com o risco de perder o horário, porque tem épocas do ano em que o pessoal para de frequentar. E aí a turma da minha mãe começou a recrutar as filhas, tínhamos uns 17 anos, e a gente começou a jogar no inverno para não perder o horário. Quando chegou o verão, não quisemos sair mais. O pessoal não acredita quando você fala que joga vôlei com a turma da sua mãe. Ficou uma turma muito bacana.

DANIEL: A turma da minha mãe começou a jogar vôlei no fim da década de 1980 e está até hoje junta. Acho que é o segundo grupo mais antigo do Clube. Inclusive, foi no Clube que eu conheci minha esposa Flávia. Depois de adultos, nosso primeiro beijo foi no show do Fabio Jr, no Clube, em 2005, e estamos juntos até hoje (risos).

RC: Hoje, como é a relação de vocês com o Clube?
DANIEL: A minha família está praticamente todo dia lá. Eu brinco com os amigos e com a família dizendo que o Clube é nosso sítio, nossa praia, nosso quintal de casa. Eu participo de dois grupos de futebol, frequento academia, sou do conselho. A gente gosta muito, faz churrasco, usa a piscina. O Clube para mim é tudo.

MIRIAM: É a extensão da nossa casa, onde nos reunimos com familiares e amigos.

THAIS: O Clube representa essa questão de estar junto. Eu trabalho em São Paulo há mais de 12 anos e já pensei muitas vezes em morar por lá, mas quando coloco na balança, o Clube sempre tem um peso nessa tomada de decisão.

GUARACI: O Clube realmente é para nossa família. Todos aqui são associados. Inclusive os netos, um de seis anos, o outro de quase um ano. Na realidade não há um clube social como esse. Todos são amigos. Eu e minha mulher nunca perdemos um evento do Clube. Sempre participamos e aplaudimos o Clube.

FLÁVIA: O clube é a nossa vida. Ir para o Clube dar uma relaxada é fundamental.

RC: Para vocês, qual o papel do Clube na construção da família?
GUARACI: Nós jogamos, muitas vezes, com o desinteresse dos jovens nesse aspecto de se apegar aos videogames, celular. Mas eu acredito que é um modismo tecnológico, pois a necessidade do ser humano é viver socialmente. Essa nova geração não vai deixar de frequentar os clubes sociais. Eles vão perceber ao longo do tempo que algo positivo, algo social, está dentro de uma sociedade. O fundamental da vida é ter amigos e participar socialmente de tudo. Acredito que depois de um amadurecimento os mais jovens irão procurar na sociedade. Nela é o seu meio de sobrevivência.

THAIS: eu tenho uma filha com seis anos, se deixar ela fica horas no celular. O que eu percebo é que o Clube hoje é um dos poucos lugares que você consegue fazer seu filho desconectar. Você chega lá, com quadra, piscina, ele não vai pedir o celular. O que temos no Clube desconecta qualquer um, até a gente, e isso passa de geração para geração, rendendo bons momentos e histórias.

RC: Por exemplo?
THAIS: Uma coisa que eu acho legal no Clube são os campeonatos de futebol. Sempre foi a família toda assistir. Na hora do jogo é um brigando com o outro, mas depois, como todo mundo se conhece, vamos tomar uma cerveja e fica tudo bem. Não tem um jogo sequer que não rola discussão na arquibancada. Por exemplo: uma vez um rapaz ficou do meu lado e falou mal do meu irmão e do meu marido. Aí eu falei: “meu filho, aqui não né” (risos). Depois até ficaram amigos.

GUARACI: quando fui diretor social, contratei o Pery Ribeiro para um show no salão social. Fui apresentá-lo, achei que ia fazer um elogio, levantar a plateia, peguei o microfone, apresentei o Pery e falei o nome dos seus pais (Dalva de Oliveira e Herivelto Martins). Quando fui descer do palco, ele encontrou comigo e falou que não era filho de ninguém. Eu não sabia que ele estava brigado com o pai (risos).

DANIEL: lembrei de um episódio, quando eu tinha 10 ou 11 anos, meu pai montou a escolinha de futebol, fomos tricampeões da cidade. Teve um amistoso e o pai de um grande amigo meu meteu três gols, na chuva, e no terceiro gol meu amigo não aguentou, entrou no campo e foi dar um abraço. Só que ele escorregou na grama e caiu de cabeça no barro. Foi muito engraçado e uma época muito gostosa.

GUARACI: Teve uma outra coisa interessante que aconteceu comigo. Onde é a academia hoje tinha um salão social pequeno, a gente chamava de “caixa de fósforo”. Havia 110 mesas e praticamente 500 pessoas. Eu trouxe o Jamelão, da Mangueira. Naquela época, quando dava aqueles temporais, caía a energia. Estávamos com salão lotado e ele dando um show espetacular. Aí caiu um temporal, de derrubar árvore, e nós lá. Era relâmpago para todo lado e ele cantando as músicas. De repente caiu a força! Aí o Jamelão, no escuro, começou a cantar o samba enredo da Mangueira e todo mundo cantou junto. Foi muito emocionante.

RC: Para vocês, o que é aproveitar o Clube da melhor maneira?
THAIS: Acho que é participar dos eventos que o Clube oferece. A diretoria está criando eventos para trazer a família, portanto, participem. Alguns eventos fizeram com recreação, food truck, o Baile do Havaí Kids, estão tentando. Participem.

GUARACI: O Clube está tomando seu rumo certo. Eu acredito que a diretoria está buscando melhorar o Clube e a convivência para todos. Tem que ser grande, tem de oferecer o melhor para os associados.

DANIEL: Só queria acrescentar que tem muito associado que vem de fora da cidade e é legal essa participação, um público mais jovem, que gosta de estar aqui. Não tenho dúvida nenhuma que o Clube vai crescer ainda mais.

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