Em 1944, Jundiaí contava com menos de cem mil habitantes e os cartórios eleitorais registravam 20 mil eleitores. Ao ganhar o título de “segunda produtora de uvas do vinho do Brasil”, abriam-se, na cidade, novas perspectivas de um parque industrial. Naquele ano, o assunto principal era a guerra, já declarada pelo Brasil à Alemanha.
Foi nesse clima que, no dia 18 de agosto de 1944, uma assembleia envolvendo o Cassino Jundiaiense e a Sociedade Tênis Paulista fundou o Clube Jundiaiense. A fusão não poderia ter sido mais conveniente: o Cassino tinha dinheiro em caixa, mas era abrigado em um prédio alugado, na Rangel Pestana; já o Tênis tinha a tão sonhada sede própria. Juntando-se os recursos e a sede, nasceu o Azul e Branco.
Dessa primeira reunião, participaram 67 associados e o primeiro presidente escolhido foi Jurandir de Souza Lima. Nesse dia, estavam presentes, entre outras personalidades, Fernando Saraiva, presidente do Cassino, e Rafhael Mauro, presidente do Tênis. No quadro do recente clube, estava a elite cultural que também era responsável pelos passos políticos e econômicos de Jundiaí.
Linha do tempo dos presidentes do Clube
Jurandir de S. Lima (1944/1945 – 1954/1957)
Primeiro presidente do Clube Jundiaiense, articulador da fusão do Cassino Jundiaiense e Sociedade Tênis Paulista. Foi responsável pela formação de uma companhia construtora para as obras da sede social, na rua Onze de Junho. Iniciou a primeira parte da construção, demoliu o barracão ali existente, fez salão e laterais, iluminou a quadra de tênis. Promoveu o primeiro Campeonato Aberto de Tênis do Clube, que culminava com o Baile da Raquete, grande tradição do Azul e Branco. Teve participação ativa na vida do CJ, mesmo quando esteve fora da presidência.
Raphael Mauro (1946 / 1947)
Deu prosseguimento às obras da sede central, e a pedra fundamental da construção foi lançada em sua gestão, em 15 de setembro de 1946. Em sua administração, foi estaqueado o terreno. Construiu o restaurante e iniciou uma nova piscina. Passou a promover brincadeiras dançantes para os associados (às terças, quintas e aos domingos). Foi o presidente que inaugurou a nova sede, com um baile de gala, em 13 de dezembro de 1947. Até então, a sede social do Clube funcionava na rua Rangel Pestana, 176.
Fernando Saraiva (1948 – 1952/1953)
Como Jurandir, Fernando (último presidente da Sociedade de Tênis Paulista), também foi responsável pela fusão dos dois clubes para a formação do Clube Jundiaiense, sendo, na época, presidente do Cassino. Em sua primeira gestão, deu continuidade às obras da sede central, concluindo a quadra e a piscina, e terminou de pagar a dívida contraída pelo Clube para a construção de nova piscina, pela pavimentação do jardim ao lado da sede e pela construção da entrada lateral.
Hermógenes Luis Bisquolo (1949)
Em sua gestão, foi feita a cobertura da piscina e instituído o exame médico obrigatório para os usuários. Deu continuidade aos eventos sociais, promovendo os bailes da Raquete e da Primavera, brincadeiras e boate. Foi também diretor de patrimônio e social.
Antonio Luiz Zorzi (1950 / 1951)
Legalizou a situação trabalhista de todos os funcionários do Clube e, por meio da realização de bailes, arrecadou fundos para obras de ampliação da sede central, as quais foram inauguradas com um baile em 04 de novembro de 1950. Também construiu o muro da área da piscina.
José de Godoy Ferraz (1958/1959 – 1960/1961 – 1964/1965)
Reformou toda a sede central, instalou vestiários para a piscina e reformou a quadra de tênis. Durante sua segunda gestão, foi efetuada a compra do terreno da sede de campo. E, no seu terceiro mandato, foram construídos o lago, o playground, as casas das churrasqueiras, a enfermaria, as piscinas, o antigo vestiário, o restaurante e a lanchonete com o jardim em frente, as duas primeiras quadras de tênis, com arquibancada, e a antiga portaria.
Alfredo Justino Garcia (1962 / 1963)
Terminou de pagar o empréstimo obtido junto à Caixa Econômica na gestão anterior, para a compra do terreno da sede de campo. Inaugurou o poço artesiano da sede e fez a ligação da corrente trifásica. Inaugurou a entrada da sede central, na rua Campos Salles.
Osvaldo de Almeida Leite (1966/1967 – 1968/1969 – 1978/1981)
Verdadeiro “símbolo” do Clube. Em suas primeiras gestões, deu continuidade aos serviços de manutenção das duas sedes: reformou o restaurante, a entrada de acesso à sede de campo e o parque infantil. Também construiu o prédio do almoxarifado e iluminou as duas quadras de tênis e o Campo “A” de futebol.
Célio Ciari (1970 / 1971)
Disciplinou e saneou as finanças do Clube, implantando um sistema organizado no setor. Liquidou todas as dívidas e promoveu o primeiro Baile de Debutantes, em conjunto com o Clube da Lady.
Romão de Souza (1972/1973 – 1976/1977)
Em sua primeira gestão, inaugurou o salão social da sede de campo, deu início às obras da sauna e ao campo de bocha, reformou a lanchonete da sede central e iniciou a construção de duas novas quadras de tênis (terminadas por Osvaldo de Almeida Leite). No segundo mandato, na sede de campo, construiu a nova cabine de energia elétrica, fez o caminho que vai do bar ao bosque, iniciou gestões junto à Prefeitura para o asfaltamento da estrada e inaugurou o novo campo de futebol.
Dugan Ramos de Oliveira (1974 / 1975)
Estabeleceu nova ordem no quadro social do Clube, permitindo a entrada de novos associados apenas à medida que ocorriam demissões. Continuou as gestões junto à Prefeitura e, em sua administração, foi asfaltada a estrada que leva à sede de campo. Concluiu as obras da parte superior do salão social da sede de campo, inaugurou a sauna, reformou o campo de futebol e deu início à construção de um novo, construiu mais um poço semiartesiano e fez calçamento e guia no campo de bocha. Em sua gestão, o Clube passou a fechar às segundas e a abrir aos domingos, pela manhã. Nessa época, foi adquirida a máquina plastificadora de carteiras sociais.
Clodoaldo Paulo de Souza (1981 / 1984)
Entre suas principais obras, está a construção do Conjunto Aquático, na sede de campo. Nos três anos de sua administração, reativou o Jornal do Clube, implantou o plano diretor e o novo sistema de carteira social, instalou PBX e equipamento de som nas duas sedes e, na de campo, instalou uma pista de bicicross, reformou totalmente a sauna, a iluminação das quadras de tênis e as redes hidráulica e elétrica. Construiu mais um poço artesiano, os vestiários para servir ao campo de futebol, o paredão do tênis e a Casa de Lazer. Adquiriu Kombi, caminhão e carretas. Comprou os primeiros pedalinhos do lago, iluminou a quadra de vôlei e colocou alambrados nos limites da sede e quadras.
Clarisvaldo de Favre (1984 / 1987)
Na sede de campo, construiu o ginásio de esportes, o Tennis Garden, o novo lago (atrás do almoxarifado), os vestiários de futebol de salão, calçou a maioria das ruas, reformou a lanchonete, remodelou as piscinas infantis, reformou as canchas de bocha, adquiriu novos pedalinhos, implantou o Projeto Esporte. Em sua gestão, também foi implantado o sistema de informatização, além de alguns eventos que permanecem no calendário do Clube, como os acampamentos infantis e o Passeio Ecológico no Dia da árvore. Ainda em sua administração, o esporte Azul e Branco voltou a ser competitivo, com a participação de equipes de diversas modalidades em disputas externas, alcançando boas colocações.
João Sebastião Gazola (1987 / 1990)
Na sede de campo, construiu o vestiário feminino e a lanchonete do Conjunto Aquático; fez, também, o vestiário do ginásio, iniciou as obras do salão de festas e inaugurou a portaria principal. Na sede central, reformou o telhado e os banheiros, e construiu os escritórios da administração.
Eduardo Santos Palhares (1990/1993 – 1995/1997)
Em seu primeiro mandato, construiu, na sede de campo, o Centro Futebolístico (com três campos de futebol), o salão social, as duas quadras de bocha, a sala da diretoria e uma quadra de areia iluminada. Fez também o calçamento de 20% da sede. Na segunda gestão, construiu o Tennis Garden, composto por quatro quadras de squash, lanchonete, vestiário e arquibancadas; reformou a sauna e os vestiários e deixou pronta a sala da academia. Na sede central, inaugurou o restaurante e a boate Night Club. Proporcionou a fusão do Clube Jundiaiense com o Comercial, iniciou a informatização do Clube e implantou a carteira social por leitura ótica.
Carlos Lourenço Franchi (1993 / 1995)
Entre suas principais obras, estão a construção dos vestiários do centro de esportes e a reforma de todas as churrasqueiras, na sede de campo. Também trocou todo o telhado e a forração da sede central. Em sua gestão, transformou o bloco carnavalesco “Azul e Branco” para escola de samba. Na área cultural, transformou o jornal do CJ em revista.
Jorge Martho – 1997/1999 – 1999/2001
Foi presidente do Clube por duas vezes. Reformou as piscinas, montou a academia e construiu o poço artesiano, na sede de campo. Na área esportiva, tornou o Clube mais competitivo, favorecendo o crescimento de torneios. Entre os destaques esportivos, está a volta do Comercial para a primeira divisão, honrando, assim, o compromisso assumido na ocasião da fusão entre as duas entidades. Proporcionou, também, a reativação da sede central, com o incentivo de promoções, por exemplo, a Sexta Dancing. Na área social, criou um novo conceito de festas, mesclando gerações. Além disso, deu continuidade aos trabalhos de administrações anteriores, concluindo a informatização e o plano diretor. É o responsável pela implantação da internet. Em sua gestão, foram inauguradas a atual portaria, mais duas quadras de tênis e novas churrasqueiras.
Armando Scavacini (2001 / 2003)
Ampliou e reformulou o parque infantil, criou a Brinquedoteca, construiu o deck, o quiosque do Conjunto Aquático, reformou quadras, concluiu a construção do muro perimetral e as calçadas, iniciou a reforma da sauna e o processo de preservação histórica, recebendo as primeiras peças do Memorial. Além disso, aprimorou o paisagismo, catalogando, pela primeira vez, as espécies existentes na biodiversidade do Clube. Na sua administração, foram quebrados sucessivos recordes de presença de público, não só nas festas como também nas atividades esportivas.
Luiz Roberto Raymundo (2003 / 2005)
Pitico assumiu a presidência do Clube qualificado pelo seu desempenho em outras diretorias, e também, pela influência que possui nas áreas esportiva e social do CJ. Com essas credenciais, realizou investimentos no Complexo Futebolístico, ampliando o número de gramados. Além disso, ocorreram, em sua gestão, a reestruturação da academia e a valorização da marca “Clube Jundiaiense”. O incremento aos eventos sociais abriu espaço para a presença do público jovem, outra meta trabalhada pela sua diretoria.
Getúlio Nogueira de Sá (2005 / 2007)
Na sua administração, o meio ambiente e a infraestrutura do Clube receberam destaque. A partir da criação da Comissão Interna de Preservação Ambiental, a CIPRAM, iniciou-se uma série de ações que culminaram com a instalação da Estação de Água para Reúso e Estação de Tratamento de Água. Houve, ainda, a aquisição de um terreno vizinho, de cinco mil metros, além da conclusão das negociações do terreno da Vila Comercial, permutado com outra área no Jardim Florestal, contribuindo para a expansão territorial do CJ. Também foram feitos investimentos na academia, festas e campeonatos internos. Sua gestão investiu em obras, como praças, vestiários, área de eventos, almoxarifado, reformas de quadras, entre outras. Um dos destaques foi a inauguração do Centro Administrativo, que centralizou os serviços na sede de campo e possibilitou o início da revitalização da sede central.
Arcides Grossi (2007/2009 – 2009/2011)
As suas duas gestões foram pautadas pela excelência na área financeira, refletindo nos demais setores do Clube. Em infraestrutura, O CJ ganhou uma nova quadra poliesportiva coberta, duas quadras rápidas de tênis, além de diversas reformas e manutenções pontuais, tanto na sede de campo como na central. Foi durante a sua administração que o departamento de marketing cresceu e passou a produzir, internamente, todo o seu material gráfico. Também viabilizou a mudança do jornal para revista mensal. Além disso, modernizou alguns procedimentos na secretaria e tornou os eventos do Clube ainda mais charmosos e aconchegantes para o associado.
Reinaldo Miguel Sisto (2011 / 2013 – 2013 / 2015)
Em suas gestões, o Clube avançou significativamente em diversas frentes. Revigorou todos os eventos, com destaque para Baile do Havaí, agora proibido para menores, e para a nova roupagem da Festa do Chope com a Beer Station, inovando com o Encontro de Motociclistas e com parcerias que trouxeram grandes artistas do mercado nacional. No esporte, deu início aos projetos incentivados com o polo aquático e o basquete. Na administração e no marketing, pautou pela profissionalização e alinhamento de procedimentos internos. Entregou para os associados, obras imprescindíveis como a nova casa do lago, o estacionamento da sede central e a nova sala de spinning, além de iniciar as ampliações da academia e da portaria da sede de campo e a revitalização da piscina da sede central. Xisté também foi responsável pela criação da Assessoria da Melhor Idade, das Mulheres, de Pessoas Especiais e da Infância e Juventude.
Antônio Finati Pacheco (2015 / 2017 – 2017 / 2019)
Em sua gestões o Clube recebeu significativos investimentos na capacitação de pessoas. A Academia também foi reformada, recebendo novos equipamentos e nova grade de aulas. Os eventos começaram a ter um olhar maior para a família, para todos aproveitarem juntos. A Festa Italiana foi repensada, assim como os eventos Culturais também tiveram grande destaque como o Casais e Cozinha e Clubinho de Leitura. Nos esportes, nas escolinhas e eventos são mais 5 mil associados por ano praticando nossas modalidades. Na parte de obras e manutenções os investimentos resultaram em economia de energia e maior eficiência energética no CJ. Já no Marketing, o destaque fica para a Campanha da Febre Amarela, a Pesquisa com os associados e a redução de custo com panfletagem e impressões de materiais.
Paulo de Tarso Campos de Castro Lopes (2019/2021)
Atual presidente do Clube Jundiaiense.